PEQUENAS GRANDES IDEIAS

A promoção da leitura nas Bibliotecas Municipais de Cascais

Nunca é tarde para recomeçar, de Catherine Dune

Nunca é tarde para recomeçar, é o título do livro de Catherine Dunne que nos fala de uma mãe que, após mais de 20 anos de casamento e três filhos por criar, se vê confrontada com um abandono por parte do seu marido, uma magra conta bancária e a grande necessidade de prosseguir com a sua vida.
Trata-se, sem dúvida, de um relato lúcido e dramático de uma nova vida que tem de recomeçar e que a autora conseguiu contar com grande realismo.
Catherine Dunne nasceu em Dublin em 1954, cidade onde vive actualmente, e as suas novelas são um sucesso não só no seu país, como além fronteiras, o que se comprova pelas inúmeros aplausos que tem recebido da crítica internacional.
Aqui fica uma lista de títulos que já tive o prazer de ler:
- Cartas de uma mãe
- A outra face do amor
- Nunca é tarde para recomeçar
- At a time like this
- Something like love (dois volumes)
- Another kind of life
- Walled garden
Pessoalmente, o seu sucesso deve-se, sobretudo, à enorme capacidade da autora de transportar para o papel simples realidades com as quais qualquer pessoa se identifica e o realismo que habita nas páginas dos seus livros, convida-nos a uma leitura compulsiva!
Mais uma Pequena Grande Ideia!

Vamos ouvir contos!


Pois é, parece ser este o presente de Natal da BMC - Casa da Horta da Quinta de Santa Clara: uma soirée de contos já no próximo sábado dia 20 às 16h30. Vem anunciado na Agenda Cultural de Cascais e é para o público em geral.
Trata-se de um grupo com um nome curioso: Conta quilómetros! Quilómetros de palavras, de letras, de histórias? Acho que vou até lá para descobrir...
Sem dúvida que cada vez mais assistimos a uma preocupação crescente em manter viva a tradição oral através de narrativas tradicionais. Sem dúvida que ouvir um conto é outra forma de aprender sobre outras culturas e costumes.
Contar histórias não é tarefa fácil. Entoar estados de espírito, encarnar personagens, transmitir emoções e mensagens. Mas o esforço e mérito de quem, assim, consegue conquistar novos leitores é, de facto, louvável.
Um bem-haja a todos os contadores de histórias!
Aqui fica mais uma Pequena Grande Ideia para quem conseguir tempo livre antes do Natal! Até lá!
Estou de volta!
Olá a todos!

Depois de alguns meses de arrumações em que não actualizei o meu blog, voltei! E voltei em força, com mais pequenas grandes ideias promovidas e desenvolvidas pelas Bibliotecas Municipais de Cascais.
Vão espreitando! Eu andarei por cá!

Boas leituras!

Tributo a Manoel de Oliveira


Nascido a 12 de Dezembro de 1908, Manoel de Oliveira é o mais antigo realizador de cinema do mundo em actividade. A Brooklyn Academy of Music decidiu homenageá-lo com a exibição de 28 filmes em 6 cidades americanas.
Na lista da, certamente, maior acção de divulgação da sua obra, encontram-se cidades como Boston, Los Angeles, Cleveland, Chicago, Berkeley e São Francisco.
Randall Johnson, professor do Film and Television Archives da Universidade da Califórnia, lançará, também, um livro sobre o português na cidade de Los Angeles.
Aqui fica o calendário desta retrospectiva:
Boston - 15 a 29 de Março
Los Angeles - 27 de Março a 27 de Abril
Cleveland - 17 de Maio a 27 de Junho
Chicago - 5 a 31 de Julho
Berkeley e São Francisco - 1 de Julho a 31 de Agosto
Se o seu destino de férias passar por alguma destas cidades, aproveite esta Pequena Grande Ideia!




Diz quem leu...



Este país não é para velhos

Cormac McCarthy



Diz quem leu que o autor desta obra, agora celebrizada com um óscar para melhor filme, depois de adaptada ao cinema, é um caso raro na literatura americana. Ganhou inúmeros prémios literários e viu nos tops de vendas americanas os seus mais recentes trabalhos. A crítica chegou mesmo a considerar "Meridiano sangrento" como um dos melhores romances do século XX.


Em "Este país não é para velhos" o autor resume de forma objectiva e clara o estado da sociedade actual, a desorientação da juventude e o desajuste dos mais velhos ao perderem as suas referências perante uma sociedade que já não reconhecem.


Trata-se de um romance (há quem o chame de novela) que se passa na década de 80 marcado pela violência, pelo destino e pela memória, características próprias de uma América egoísta, violenta e plena na sua ganância que, a pouco e pouco, a levará à sua auto-destruição.


McCarthy consegue, com esta obra, do princípio ao fim, constatar que existe uma loucura progressiva que se tem vindo a apoderar de uma nação que a tornará irreconhecível.

Publicada pela Relógio d'Água e traduzida por Paulo Faria, resumo a intensidade do seu contexto com uma frase do autor "O caminho de uma pessoa neste mundo, raramente se altera e é ainda mais raro alterar-se abruptamente. E o traçado do teu caminho era visível desde o príncipio".


Leia, promova e aproveite mais esta Pequena Grande Ideia.

Diz quem leu...


autor, José Jorge Letria

ilustração, Afonso Cruz

Perguntar a José Jorge Letria "Qual a sua profissão?", certamente levar-nos-ía a uma conversa prolongada e única. Não se compreende e conhece a riqueza, humanidade, inteligência, obra e saber de experiência feito deste cascalense de gema numa pergunta.

Poeta, romancista, ensaísta, compositor musical, exímio contador de histórias, pai, avô, leitor! Cada uma destas características dava um livro...

Com cerca de 200 obras publicadas, também em Espanha e no Japão, José Jorge Letria é já dos mais traduzidos escritores portugueses. E assim eleva o nome da literatura em Portugal!

"O dia em que mataram o rei" relata o dramático epílogo da história da monarquia portuguesa em que o rei D. Carlos e o princípe herdeiro D. Luís Filipe foram assasinados no Terreiro do Paço, quando regressavam de mais uma estadia em Vila Viçosa, a 01 de Fevereiro de 1908.

Para explicar aos adolescentes que "há sempre, pelo menos, dois rostos para cada verdade", o autor apresenta um conjunto de reflexões de um menino de dez anos, ao mesmo tempo que resume o panorama político e social que se vivia naquela altura e que viria a culminar na Implantação da República em 05 de Outubro de 1910.

Esta obra, publicada pela Texto Editores, é mais uma Pequena Grande Ideia que promove! Promove um pouco da nossa história, promove a literatura portuguesa e promove o diálogo pela sua qualidade ímpar.

A Páscoa na Biblioteca Infantil e Juvenil


O cordeiro, a cruz, o pão e o vinho, são alguns dos símbolos com que imediatamente identificamos a quadra que se aproxima: a Páscoa.

O cordeiro, simboliza Cristo, sacrificado em prol do seu rebanho, a cruz, mistifica todo o significado da Páscoa na ressurreição e no sofrimento de Cristo. O pão e o vinho, oferecido aos seus discípulos, simbolizam a vida eterna, o corpo e o sangue de Jesus. Mas se perguntarmos a uma criança qual o símbolo que para ela mais se associa à Páscoa, facilmente adivinhamos a resposta: o ovo!

Datam da Antiguidade os primeiros registos do costume de presentear as pessoas com ovos coloridos. Os egípcios e os persas tingiam os ovos com cores primaveris e ofereciam-no aos amigos. Os persas, inclusivamente, acreditavam que a Terra saíra de um ovo gigante. Mas foi na Mesopotâmia que os cristãos primitivos utilizaram pela primeira vez os ovos coloridos na Páscoa.

Na Europa, dava-se cor aos ovos com o intuito de representar a alegria da ressurreição. Na Grã-Bretanha escreviam-se mensagens nos ovos, enquanto que na Alemanha os ovos eram oferecidos às crianças juntamente com outros presentes na Páscoa. Na Arménia decoravam-se os ovos ocos com retratos de Cristo, da Virgem Maria e de outras imagens religiosas.

Mais uma vez falamos de tradições actualmente perdidas pela costumização do ovo de chocolate enfeitado com papel brilhante e colorido adquirido em qualquer loja ou supermercado. O valor tradicional e a representação que o ovo contém em si, o nascimento, a vida que retorna, perdeu-se ao longo dos tempos.


Na Biblioteca Infantil e Juvenil, "Em festa vamos estar... a Páscoa comemorar" de 03 a 28 de Março, das 10h00 às 17h00, mediante marcação prévia todas as crianças poderão ouvir contos e participar no atelier de expressão plástica que se segue.

Margarida Pinto Correia em Cascais

1857 ditou o início de um longo caminho percorrido por mulheres operárias fabris que se viram envolvidas num incêndio na fábrica onde trabalhavam, logo após terem iniciado a primeira de muitas acções contra as más condições de trabalho e baixos salários.
"Pão e Rosas" viria mais tarde, em 1908, a ser o lema de uma luta que se prolongou durante anos.
Apesar da decisão das Nações Unidas em consagrar o dia 08 de Março como o "Dia Internacional da Mulher", no ano de 1975, desenvolvendo, desde então, inúmeras convenções sobre direitos das mulheres, ainda há culturas onde a mulher é vítima de maus tratos e diferentes espécies de discriminação.
As Bibliotecas Municipais de Cascais, cientes da importância social, económica e política desta efeméride, decidiu associar-se às comemorações que decorrem um pouco por todo o mundo, através da palestra "Percursos no Feminino" a ter lugar no dia 08 de Março, pelas 15h00, na Biblioteca Municipal de Cascais - Casa da Horta da Quinta de Santa Clara.
Esta palestra contará com a presença de Margarida Pinto Correia, jornalista, animadora de rádio, apresentadora de televisão, actriz e mãe.
Mais uma pequena grande ideia!

Contos contados, ouvidos aprumados!


"Conta-me contos", para o leitor mais desatento, é uma das actividades promovidas pela Biblioteca Municipal de Cascais - São Domingos de Rana, que tem lugar ao 1º e 3º sábado de cada mês pelas 15h00.

Consiste numa sessão de contos partilhados por todos, ora contados pela contadora de histórias, ora contados pelos ouvintes que, a pouco e pouco, perdem a vergonha e aventuram-se no mundo do contar.
Depois de tantas histórias ouvir o "bichinho" do contar começa a ganhar lugar na agenda de cada um e de sábado para sábado a audiência, atenta, descontraída, pontual... aumenta. Porque não só de contar histórias se promove a leitura, mas também do ouvir.
Ao falar do que ouvimos... promovemos!
Vá até lá e promova também o seu conto neste espaço que é de todos!